ATO PÚBLICO: A FÉ DE TREZENTOS
Este texto é uma homenagem ao Irmão Josué Raimundo e demais companheiro(a)s da ADEMPOL, que participaram do Ato Público.
Juízes 6
Nome de um dos filhos de Joás, da tribo de Manassés, que habitava em Ofra. Em meio ao seu trabalho diário, pois era um jovem de trabalho, numa determinada noite em que cuidava do seu trigo para salvá-lo dos midianitas, que na época haviam invadido Israel e tornado o seu povo cativo, lhe aparece um anjo do Senhor que lhe traz uma missão. Gideão reluta, porém o Senhor se revela a ele de maneiras poderosas e promete uma vitória sobre o opressor.
“Então o anjo do Senhor veio e assentou-se debaixo do carvalho que está em Ofra, que pertencia a Joás, o abiezrita, e Gideão, seu filho estava malhando o trigo para o salvar dos midianitas." (Juizes 6:11).
Israel após a morte de Josué, é invadido pelos midianitas que o torna cativo, e passa a explorá-lo. De sua colheita os israelitas tiravam o seu sustento e o restante era entregue ao opressor. O Senhor, pela sua misericórdia, decide libertá-los, e neste propósito escolhe um servo.
Deus escolheu Gideão:
Gideão era valente, um homem decidido, apesar de estar em desvantagem diante do inimigo.
Durante a noite, quase num desafio ele trabalhava na sua colheita para preservá-la, e assim não entregá-la nas mãos dos midianitas.
Ele não estava acomodado como os demais.
Homem de trabalho.
Para ser encontrado durante a noite, cuidando do seu trigo, lutando por ele, vigiando o inimigp que poderia aparecer a qualquer momento, realmente era um homem de lutas, de trabalho.
Humildade:
Juizes 6:15. "E ele disse: Ai meu Senhor, com que livrarei a Israel? Eis que o meu milheiro é o mais pobre em Manassés, e eu o menor da casa do meu pai". Sente-se muito pequeno diante da grande responsabilidade confiada; Julga-se incapaz de realizar tal façanha; nisto o Senhor se agradou, pois o livramento não estava, na dependência do homem, mas do Senhor. Pois daria mais uma lição ao seu povo, usando o menor, o mais pobre, o mais fraco; porque o poder de Deus se aperfeiçoa na fraqueza. (Veja II Corintios 12:9).
Prudente
Juizes 6:17. “Se agora tenho achado graça diante de ti, dá-me um sinal de que és o que fala comigo." Gideão pede agora uma confirmação de todas as revelações que lhe foram entregues, porém no momento que trouxe as oferendas para presentear o anjo (O Senhor Jesus) este se revela, e se aparta dele. "... E o anjo do Senhor estendeu a ponta do cajado que estava na sua mão, e tocou a carne, os bolos asmos; então subiu fogo da penha, e consumiu a carne e os bolos asmos, e o anjo desapareceu de seus olhos." Nos momentos de adoração, o Senhor se revela a nós maravilhosamente. No momento da oferenda: é no momento que vamos aos seus pés para adorá-lo por qualquer motivo, que recebemos a bênção maior.
O preparo para realizar a obra
Destruir o altar de Baal.
Juizes 6:25 - "E aconteceu que naquela mesma noite o Senhor lhe disse: Toma o boi de seu pai, a saber o segundo boi de sete anos, e derriba o altar de Baal." O Senhor começa pedindo a Gideão para retirar o abominável, que estava no meio do povo. Assim o Senhor faz exigindo do homem que retire primeiro as coisas abomináveis da sua vida para, em seguida, revestí-lo de poder; Nesta primeira luta ele enfrenta os seus que amavam Baal, porém aqui teve a primeira vitória; assim acontece quando resolvemos retirar a opressão, o deus estranho, às vezes os nossos se levantam porque amam os deuses estranhos, mas aqui o Senhor marca a nossa primeira vitória.
Edificar um novo altar.
Juizes 6:26 - "E edifica ao Senhor teu Deus, um altar no cume deste lugar forte... e oferecerás um holocausto” A construção do altar restabelece o culto de adoração ao Senhor. Quando nos achegamos para o Senhor e deixamos o mundo.
Ele exige que nós restabeleçamos este altar que está dentro de nós, para que seja morada contínua do Espírito Santo, isto também significa novo nascimento, vida nova na presença do Senhor.
Mais uma vez Deus confirma a obra de Gideão. Juizes 6:36- 40.
Diante da responsabilidade que agora aumentava, e temeroso, pela sua inexperiência, do que poderia acontecer se falhasse, resolve pedir mais uma vez que o Senhor confirme que fora revelado. Ele prova o Senhor mais uma vez, dizendo: "Quero que o velo de lã que está ao relento esteja molhado, enquanto ao seu redor tudo esteja seco." Pela madrugada se levantou e foi até o local e constatou que o velo de lã estava molhado, enquanto ao redor estava enxuto. No outro dia pediu o contrário, ou seja: que o velo de lã esteja seco e ao redor molhado pelo orvalho, e assim o Senhor fez como pedira.
Há aqui uma lição de prudência, pois Gideão queria realizar a Obra do Senhor com detalhes, pois poderia não ser aquele o momento certo, ou faltar mais alguma coisa, porquanto sabia que, se falhasse um mínimo detalhe poderia ser fatal. O Senhor nos ensina a não sermos afoitos diante daquilo que nos manda fazer, às vezes precisamos orar mais, jejuar, buscar os detalhes, para partirmos certos da vitória.
Até aqui o Senhor tratou diretamente com Gideão, agora vem a outra experiência: lidar com o povo.
Juizes 6:35 - "E enviou mensageiros por toda Manassés, que também se convocou após ele, também enviou mensageiros a Zebulon, Aser e a Naftalí, e sairam-lhe ao encontro."
A convocação do povo.
Apresentação do povo: 32.000 homens. "E o Senhor falou: É demais o povo que está contigo.." (Juizes 7:2). "... apregoa: quem for covarde, tímido, que volte."
Voltaram então quase 22.000 homens, restando agora apenas 10.000 à disposição de Gideão. Esta experiência mostra que muitos homens desistem de lutar, antes mesmo de ter começadò a luta, e a Palavra diz que estes não entrarão no reino dos céus. E disse mais o Senhor: Juizes 7:4 - "... ainda há povo demais... faze-os descer às águas."
Aqui o Senhor mostraria a Gideão com quem ele haveria de contar. Deus os provaria ao descerem às águas.
E assim aconteceu: trezentos homens beberam água levando a mão a boca, e o Senhor disse: Com estes trezentos homens te darei os midianitas nas tuas mãos. O detalhe importante desta prova a que o Senhor submeteu o povo, mostra que ele queria um exército vigilante, e não distraído como aqueles que se abaixaram a lamber às águas. Mas a grande experiência para nós hoje, é que o Senhor prova os seus servos nas águas do Espírito ou seja, nas buscas ao Senhor nas orações, jejuns, madrugadas, e é quando somos aprovados nisto, que o Senhor nos separa para a luta nesta obra.
Dos 32.000 homens Gideão podia agora contar somente com um remanescente menor que a décima parte, ou seja, 300 homens.
Nesta Obra em que estamos hoje, também não podemos contar com multidões, potências econômicas ou financeiras; mas com um remanescente fiel, um grupo pequeno, porém disposto a fazer a vontade do Senhor.
Gideão teme enfrentar o inimigo.
Gideão agora estava temeroso, pois se com 32.000 homens a batalha seria difícil., com 300 seria impossível. Porém a vitória não estava nos homens de Gideão, mas no Senhor. O homem de si mesmo não tem nada que possa fazer frente ao inimigo, mas o sangue de Jesus nos garante a vitória, basta tão somente que obedeçamos ao Senhor.
A coragem de Gideão.
Juizes 7:9 - "E sucedeu que naquela mesma noite, o Senhor lhe disse: Levanta-te e desce ao arraial..."
O Senhor concede uma última confirmação a Gideão quando manda-o descer ao arraial do inimigo.
Ali ouve um relato de um sonho.
Juizes 7:13-14 - "... Certo homem disse ao seu companheiro: tive um sonho: Eis que um pão de cevada rodava contra o arraial dos midianitas, e deu de encontro a tenda do comandante, de maneira que esta caiu e virou de cima para baixo e ficou estendida. Respondeu-lhe o companheiro e disse: Isto não é outra coisa senão a espada de Gideão."
Gideão adorou ao Senhor. Sabedor do sonho, Gideão adorou ao Senhor, e entendeu que a vitória não seria sua nem dos seus homens, mas do Senhor.
A certeza da vitória.
E voltou para os seus, agora certo que o Senhor daria vitória, Nas nossas lutas não temos o que temer, pois o pão de cevada, ou seja, o Senhor Jesus peleja por nós e destrói o inimigo dando-nos a vitória.
Gideão, desta forma, parte seguro para a batalha com as seguintes armas:
a. buzinas;
b. cântaros vazios;
c. tochas acesas.
Estranhíssimas estas armas, como poderia vencer um exército poderoso, bem armado, destro na batalha, somente com aquelas armas aparentemente inofensivas?
Seria um contra senso, porém assim o Senhor quis, e assim Gideão fez.
Qual o significado destas armas?
a. Buzina - glorificação
b. Cântaro vazio - o homem despido de toda a sua vaidade, orgulho, amor próprio, etc.
c. Tochas acesas - poder do Espírito.
Vitória final
Divisão dos homens em três grupos.
Espera da hora do ataque.
Juizes 7:19-20 - "Chegou, pois, Gideão e os 100 homens que com ele estavam, no extremo do arraial, no princípio da vigília da meia-noite, havendo-se já posto a guarda, e tocaram as buzinas e partiram os cântaros que tinham nas maõs, assim tocaram os três esquadrões as buzinas e quebraram os cântaros, e tinham nas mãos esquerdas as tochas acesas e na direita as buzinas que tocavam, e exclamaram: Espada do Senhor e de Gideão."
Quando os cântaros que ocultavam as tochas, foram quebrados, e surgiu aquele grande número de tochas acesas, e o barulho das buzinas, o inimigo se apavorou e foi derrotado .
O cântaro ocultava uma tocha acesa, que só apareceria após ser ele quebrado. O poder do Espírito Santo somente aparece quando o homem se quebra, ou seja, humilha na presença do Senhor, desaparece por completo para que a luz do Senhor possa resplandecer. É nesta posição que o Senhor nos abençoa.
Deus quer nestes dias levantar servos como Gideão, para enfrentar também um grande desafio: a luta contra o endividamento, porém o Senhor quer fazer-nos vitoriosos, não pelas nossas forças, nem pelas nossas aptidões, mas pela fé que temos dentro de nós.
Este Texto, reflete a nossa luta contra o inimigo que leva a todos ao endividamento e, principalmente, pela direção da certeza que não existe solução e qualquer tipo de esperança para de atitudes éticas e, principalmente com a concretização da justiça.
Sabemos que foram mais de 1.000 acordos entre associados e não associados, entretanto, tais acordos levam esperanças a mais de 24.000 superendividados que ainda não resolveram tais pendências.
Acreditamos no olhar solidário e justo dos Bancos Itaú, BMG e Cruzeiro do Sul envolvidos nesta problemática que arrasta a mais de dez anos consecutivos, levando a centenas de servidores estaduais ao superendividamento.
Assim sendo, é necessário uma postura definitiva do Governo do Estado que é voltado, em sua história, por uma sociedade mais justa e equilibrada, ou seja, que os atores possam sentar, com leitura de idéias e soluções sócio-economica solidárias, em busca de sociedade melhor.
Acreditamos que, no curto prazo, as demandas judiciais não serão mais necessárias, pois acreditamos na solução de conflitos com um olhar mais facilitador, ou seja, uma leitura mediadora entre todos (consumidores e fornecedores).
Não iremos desistir e tão pouco recuar, iremos juntos em busca de uma solução definitiva ao companheiros superendividados, que não conseguiram uma solução definitiva para estancar hemorrágia em suas finanças.
Estamos de cabeça levantanda, lutando, orientando e informando aos companheiros alternativas equilibradas e direcionadas a soluções pacificas, mas abraçadas e alinhadas com os escudos não só do Direito, principalmente da JUSTIÇA.
A Coordenação da ADEMPOL agradece a todos os servidores corajosos que apoiaram no Ato Público, que reflete o sentimento de todos os atores desta problemática, o qual atingiu o seu objetivo.
LUIZ FRANÇA
PRESIDENTE